Felisberto S. Botão
A cobardia é uma postura dominante entre nós, e com raras excepções. Quando acompanho os discursos na campanha eleitoral em curso aqui em Moçambique, podemos ver isso muito bem patente. O Chapo não quer atritos com o colono, e prefere manter a paz com o mesmo, e ficar com a parte que lhe cabe, uma indicação clara que não vai mexer no sistema, apenas na dinâmica de poderes no partido. Daí não vermos posicionamentos muito bem definidos sobre aspectos estruturais, que realmente poderiam mudar a vida do país, como a banca e o sistema de Bretton Woods, as ONGs, as multinacionais, o neocolonialismo, a insurgência e o papel do Ruanda, o conteúdo local, reassentamentos e compensação das comunidades, redistribuição da riqueza, união africana, mercado único africano, cooperação com o Mali, Burkina Faso e Níger, e o repúdio a ucrânia, que está a apoiar a insurgência no Mali, um país irmão africano. Se o faz no Mali, o que a impedirá de fazer em Moçambique amanhã. O governo ucraniano é o pior instrumento do imperialismo ocidental neste momento, que quer preservar o ódio e desprezo contra outras raças, e está a ser usado para destruir a possibilidade da liberdade dos povos, em que a Rússia é a maior promotora.
O Venância Mondlane é um fenómeno raro, com uma inteligência e energia fora do comum, e com muito potencial. Entretanto ainda está com discurso de confrontação, de denúncia e exposição do governo do dia, mas busca suporte no colono, ignorando cobardemente o papel deste no empobrecimento do país, embora se perceba que ele não tem muita opção, pois que internamente a nossa cobardia não nos permite apoia-lo, embora muitos compartilhem do seu ponto de vista. Entretanto, este posicionamento tem um custo alto, tal como assistimos com o William Ruto no Quénia, porque o colono cobra muito caro o apoio que dá. Outros concorrentes simplesmente não existem, não estão a concorrer para nada, mas apenas para resolver situação de fome própria. Basta acomoda-los, está ok, pois não acreditam que seja possível um projecto de nação, pois “isto tem dono”.
Como disse no artigo passado, o uso do feitiço é uma resposta que muitos de nós encontra para a cobardia que se apossou de nós, e trabalhamos nas costas, sem coragem para encararmos a quem queremos enfrentar. E isso reflecte-se nas famílias, pela forma como usamos meios subterrâneos para combatermo-nos uns aos outros, pelo medo da mudança. Mudança esta que representa o resgate da nossa dignidade como povo, através da acomodação espiritual, poder alcançar a prosperidade, bem-estar, paz e desenvolvimento social por meios próprios.
A família africana deve ganhar consciência que riqueza é uma bênção e é bom para a família. É através da riqueza que se evolui socialmente e espiritualmente, como Deus projectou e quer que seja. O africano é o ser, é o grupo social mais privilegiado para viver na riqueza e na abundância, razão pela qual, Deus escolheu África para depositar a maior parte das riquezas deste mundo: ouro, prata, diamantes, petróleo, terra fértil, etc. Isso gera muita inveja de outras raças, que lutam incansavelmente para rejeitar este privilégio, e reclamam de Deus aquilo que eles acham injusto.
Porquê você acha que o único ponto comum entre o europeu, americano, chinês e o mundo é sobre a preservação da submissão de África? Há um ódio excessivo sobre o africano, mas ninguém quer sair daqui.
O maior problema do africano é o europeu, que diferentemente de outros povos, rouba de África e não quer que o africano viva bem com o que sobra, que ainda é muito. O que é o cúmulo da inveja e ódio.
Essa inveja dos filhos que se sentem menos amados por Deus, liderados por árabes e europeus, gerou muita maldade ao longo dos séculos, a ponto de cometerem crimes hediondos contra os africanos. Estes crimes são uma forma de reclamação dos filhos que se sentem menos amados, e forma de causar dor ao Pai, ao Deus, que afectaram profundamente o africano a nível físico, mental e espiritual.
Deus quer resgatar o africano para que volte a assumir o controlo das suas riquezas, e usando da sua generosidade, doe ao resto do mundo, para que ninguém passe fome. E ele sabe que isso só pode ser possível, começando pela família, uma a uma.
O africano é o único povo que pode assegurar a paz mundial, daí ser urgente que o continente se erga e assuma a sua liderança global, com líderes como Ibrahim Traoré, Assimi Goita e Abdourahamane Tiani.
Para isso, Deus vai sempre escolher um filho da família, pelo menos um, para prosperar para além daquilo que seria esperado pelas condições actuais da família, através da arte, da música, da academia, do negócio, etc., o que tem estado a acontecer. Portanto, quando um filho da família prosperar, deve se comemorar, e a família deve ter a obrigação e consciência de protegê-lo, e capitalizar a situação para que a partir dele, se possa ajudar mais 2, 3, 5 outros membros da família a prosperarem, que também farão o mesmo com os outros membros necessitados.
Deus quer que entendamos a mensagem e nos tornemos uma sociedade educada e instruída sobre as nossas possibilidades, pois basta um membro da família prosperar, para que a pobreza saia da família; pois, este membro é o real MESSIAS que DEUS envia para resgatar a família.
No entanto, a nossa família africana tem estado a matar os seus reais Messias. Tomados por espíritos das trevas, acusam seus Messias de manobras obscuras e causadores da desgraça para o resto da família. Em conjunto o matam, e depois vão a igreja “aliviados”, buscar e clamar por um Messias (branco) que pode ser que nunca vai chegar, tais são as inconsistências que estão a ser descobertas sobre a teoria deste messias. Quando não o matam, o exploram como se fosse um estranho. De tal forma que ninguém constrói nada com a ajuda que ele dá, apenas tiram dele o que podem, e enquanto podem, para consumir e para esbanjar, uma manifestação clara de não reconhecerem a prosperidade como algo que seja parte de nós, de forma duradoira.
Muitas pessoas até preferem recusar ajuda que as levaria a alcançarem a autossuficiência, porque não querem que você vingue, porque o foco é você cair, pois não conseguem associar a prosperidade a um irmão seu. Levam este tipo de sentimento a nível estadual, e tomam decisões importantes nesta base.
Vejam o Cyril Ramaphosa na África do Sul, para impedir a ascensão do Malema e Zuma, que iriam devolver o poder ao povo preto, preferiu se juntar ao branco opressor. Isso porque no fundo ele não acredita na liberdade e autossuficiência do seu povo preto.
E o Bassirou Faye, do Senegal, que discutimos aqui sobre o seu modelo de revolução e o do Traoré, está a confirmar o nosso receio. O líder que sobe através do sistema ocidental da democracia, vai se manter leal ao sistema, e hoje temos o Faye a pedir ajuda a NATO e a europa para intervir militarmente no SAEL, porque coitado, ainda não percebeu nada do que está a acontecer na região. Não sei se o Ousmane Sonko ainda está com o Faye, mas não ficarei surpreso se houver um golpe ou uma revolução jovem que nem vimos no Quénia. O Faye não parece acreditar na sua própria liberdade sem o branco a geri-lo.
Veja o Bola Tinubo, chegou ao absurdo de não ter combustível no país, provocando filas intermináveis nas bombas de combustível, devido a altos custos de importação, eles precisam de muitos dólares para comprar da europa, mas este problema deixaria de existir de dia para noite, se o Tinubo decidir em comprar combustível da refinaria que está aí em Lagos, pertencente ao nigeriano Aliko Dangote, mais moderna que as europeias. Mas Dangote é um preto do seu país, não pode ser. Adicionalmente, há indicações de perda de 46 biliões de dólares por roubo de petróleo bruto, de 2009 a 2020, que o governo sabe que os americanos estão por trás disso. Por outro lado, é a insurgência que não dá paz as pessoas, e espalha mortes e pânico nas pessoas, naturalmente com a mão francesa, que é a especialidade deles.
Quando é para “abater” o Messias, tudo vale, até interferem espiritualmente nos filhos para que não se conectem aos pais, para que estes não tenham continuidade. E vemos filhos a virarem drogados, com pressa de deixar os pais, e a perderem interesse e afinidade dos pais e dos seus projectos, e nós pensamos, “essa juventude de hoje não se interessa por nada”. Nada disso, há muito trabalho espiritual de tios e tias sobre as crianças.
Na minha visão, no subconsciente do africano, a prosperidade está associada à dor, ao sofrimento, ao mau trato, ao desprezo, à guerra, à exclusão, à privação, enfim, ao branco. Quando um irmão africano prospera, mobiliza forças e energias adormecidas na profundeza do espírito e do subconsciente dos outros irmãos, em defesa de males vindos de outro irmão. Na verdade, eles não estão a combater o seu irmão, e muito menos a prosperidade, mas sim, o que ela representa, a tortura pelo branco, que é inaceitável que venha de um irmão seu.
Isso acontece por conta dos agentes infiltrados na família, através do fenómeno de substituição espiritual, que farão tudo para que a prosperidade não entre na família africana. Família pobre é nação pobre, e isso interessa aos inimigos de África. Há uma guerra espiritual muito grande contra o africano, e está a acontecer neste momento, sem a consciência do africano, através do processo que me referi acima, a substituição espiritual, que induz o africano a se sentir parte de grupos raciais que não são seus, colocando-se ao serviço destes, a custa da sua própria raça.
“Um africano não pode ser cristão ou muçulmano, como um britânico não pode ser massai, ou um árabe ser zulu. Você não pode se tornar o que não é, e não pode deixar de ser quem você é” – Maponga Joshua iii Marara, Farmers of Thought.
A perturbação física, mental e espiritual sofrida durante os séculos, nas mãos dos filhos de Deus que reclamam a distribuição desigual da riqueza, ainda está muito presente, que o africano não se sente na posse das suas riquezas, e olha qualquer sinal de prosperidade como uma maldição, e se levanta contra isso de forma involuntária.
Toda família tem um Messias que Deus enviará para resgatá-la da pobreza. Não estranhem os sinais de prosperidade no vosso filho, não é nenhuma maldição. Desde já fiquem atentos, e se preparem mentalmente e espiritualmente para receber, e quando o vosso Messias chegar, geralmente se evidencia desde pequeno, não o matem, mas sim o protejam dos espíritos das trevas infiltrados na família, se apoiem nele e saiam da pobreza. Está tudo ao alcance da família, de tal forma que já não justifica ainda termos pobreza entre nós.
Isso envergonha os espíritos das trevas, vindos dos irmãos amargurados lá das terras geladas, que se alimentam das vossas aflições, e querem perpetuá-las, para ferir o coração do Deus, o criador. Estes irmãos, de outros continentes, têm provado a Deus estes séculos todos, porquê Deus não depositou a riqueza nas suas terras, se mesmo tirando da terra alheia, faz tudo para que o dono da terra não consiga se alimentar do que sobra, tamanho é o egoísmo, a ganância e o desdém pelo semelhante.
Deus chama por ti africano, proteja o seu Messias, que nasce na sua casa, e deixa ele salvar a sua família, a nação, o continente africano e o mundo…
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