Vieira Mário diz que importa conhecer causas do terrorismo do que mandantes

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O jornalista e académico moçambicano, Tomás Vieira Mário, diz que conhecer os protagonistas do terrorismo que assola a província de Cabo Delgado não será um meio de resolver o conflito, mas sim conhecer-se a origem ou causas da insurgência armada.

Reagindo aos pronunciamentos do estadista moçambicano, Filipe Nyusi, durante o 50º aniversário dos Acordos de Lusaka, assinados em 07 de Setembro de 1974, que disse conhecer os nomes dos cabecilhas dos insurgentes, Tomás Viera Mário referiu neste momento o mais importante é conhecer as causas da guerra.

“Não é pela primeira vez que o presidente diz que tem nomes, já mencionou nomes em público até alguns saíram no boletim da república inúmeras vezes, portanto não sei se desta vez é diferente, qual é o seu peso ou não dessa guerra mas, também não creio muito que a ideia de mandantes seja uma ideia determinante. Pode se matar dois comandantes e a guerra continuar então, é importante, mas não acho que marca o fim de uma guerra saber quem comanda o importante é saber quais são as causas da guerra”, declarou Viera Mário.

Por outro lado, no tocante a campanha eleitoral, Vieira fez uma observação positiva caracterizando-a como “pacífica e sem sobressalto”,

“É uma campanha geralmente pacífica sem grandes sobressaltos sem muita violência sem muita intervenção policial. Também tem um elemento inovador que é o novo concorrente no quadro tradicional moçambicano em que ao longo de muitos anos era só a FRELIMO, RENAMO e MDM”, observou o académico.

Ainda no que respeita a campanha eleitoral, Tomas Vieira Mário destacou a figura de Venâncio Mondlane, candidato presidencial pelo PODEMOS, como dinamizador do “jogo” político.

“A aparição de Venâncio Mondlane, traz uma nova dinâmica no contexto político, traz novo actor político que parece ter uma base social pelo menos a julgar pela avalanche das pessoas que vão aos seus comícios e parece que ele tem muita audiência e isso, é bom porque diversifica o mercado político nacional”.  (Elísio Nuvunga)

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