Rapto de crianças em Cabo Delgado preocupa a ACNUR

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A oficial associada de relatórios do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Pemba, Isadora Zoni, mostrou-se preocupada com o aumento exponencial de raptos de crianças na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

A representante daquela agência das Nações Unidas em Cabo Delgado referiu que mesmo as crianças que regressam ao convívio familiar após conviverem com os insurgentes ficam com marcas profundas dos sequestros.

“Não é possível o nosso trabalho de resgate dessas crianças, mas uma vez que as crianças estejam novamente nas comunidades, o trabalho de reintegração é bastante árduo. Porque falamos de comunidades que estão a se recuperar do trauma, que estão a passar por dificuldades, onde há as necessidades de proteção”, lamentou  Isadora Zoni.

Em Maio do corrente, segundo Zoni, devido aos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e os terroristas, mais de 500 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas para viverem na condição de deslocados.

“Durante o mês de Maio, os incidentes atingiram uma população de mais de 140 mil pessoas. Na semana passada, observámos o deslocamento de mais 500 pessoas com um incidente em Macomia. Muitas vezes falamos em números, mas os números não comunicam a gravidade da situação”, declarou.

 

A oficial associada de relatórios do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Cabo Delgado alertou, por outro lado, para o agravamento da crise humanitária devido à nova vaga de deslocados.

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