Nyusi condecorou um dos seus “advogados” no julgamento das dívidas ocultas

DESTAQUE POLÍTICA

 
O nome do antigo ministro da Defesa e actual Presidente da República tem sido insistentemente citado no Julgamento das Dívidas Ocultas  que decorre na Penitenciária de Máxima Segurança da Machava, mas o Tribunal e o Ministério Público tem defendido com unhas e garras o homem que coordenava as reuniões do comando operativo. Entretanto, nesta terça – feira, enquanto ainda decorre o julgamento, o Chefe de Estado decidiu premiar Ana Sheila Marrengula com um certificado de mérito pelo trabalho feito no julgamento daquele que é o maior calote financeiro da história do país.

Discursando naquela cerimónia solene, que no presente actua sob – lema “Juntos no Combate ao Terrorismo e Crimes Conexos”, o Presidente da República garintiu que a prioridade do Governo eh restabelecer a a vida social nas zonas afectadas pelo terrorismo.“Para além de perdas humanas, acção dos terroristas contribui para a destruição de infraestruturas socio-económicas, património público e privado, causando uma quebra nos níveis de produção, caracterizada pelo encerramento de unidades produtivas e, consequentemente, o aumento do desemprego e retrocesso dos níveis de bem-estar social”, declarou Nyusi para depois acrescentar que, por outro lado, que o Executivo pretende reconstruir as instituições públicas destruídas, para garantir o fornecimento dos serviços públicos nas zonas afetadas pelo terrorismo.

Ainda naquela cerimônia que deu o pontapé de saída ao novo ano judicial em Moçambique, numa espécie de pagar favores a quem tem o defendido com unhas e garras na tenda da BO, Nyusi atribuiu a Procuradora Ana Sheila Marrengula um certificado de mérito pelo trabalho levado a cabo julgamento das dívidas.

Em Setembro do ano passado, Salvador Nkamat, advogado do réu Renato Matusse, denunciou uma alegada promiscuidade entre o juiz Efigênio Baptista e o Ministério Público. Desde o arranque do julgamento, o Juiz Efigenio Baptista e a representante do Ministério Público tem feito de tudo para que o nome de Filipe Nyusi nao seja puxado para a lama mesmo com todas evidências que apontam que Filipe Jacinto Nyusi recebeu dois milhões de dólares da Privinvest.

Aliás, o Ministério Público, que com o intuito de preservar a imagem do Presidente da República requereu para que o franco – libanes Jean Boustani não fosse ouvido na condição de declarante, tem lutado afincadamente para que o antigo Chefe de Estado, Armando Emílio Guebuza, seja ouvido em casa em vez da BO e sem a presença da imprensa.

 

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