MDM propõe votos electrónicos para facilitar processos eleitorais e trabalho de CC

DESTAQUE POLÍTICA

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) propôs, hoje, 13 de Dezembro, a introdução do voto electrónico para evitar longo tempo de espera para a divulgação dos resultados bem como para a tomada de posse e, por outro lado, facilitar o próprio trabalho do Conselho Constitucional (CC). A mandatária do MDM referiu ainda que, para alcance desse desiderato é imperiosa maior actuação do legislador.

A mandatária do partido MDM, Sílvia Cheia, falava em Maputo durante uma reunião com a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro para o diálogo no processo de validação dos resultados eleitorais de 09 de Outubro do presente ano.

“Achamos que podíamos começar de experimentar a votação electrónica no nosso país isto facilitava o trabalho e havia de evitar todos esses questionamentos que hoje temos m relação ao tempo prazo. Entendemos também que a demora não é a culpa do Conselho Constitucional isso está amarrado mesmo na própria lei, a divulgação dos resultados condiciona a tomada de posse dos eleitos então, o legislador é que deve mais trabalhar no sentido de criar condições que o Conselho Constitucional divulgue e também haja um momento em que os eleitos tomem posse e isso vai fazer com que o Conselho constitucional faça seu trabalho sem que e chega o tempo não espere que prazo que coincide com a tomada de posse e isso depende da lei”, sugeriu Cheia.

O MDM não só manifestou a ideia de uma votação electrónica bem como mostrou-se preocupado com as discrepâncias nos números de votos presidenciais, legislativas até provinciais para além de números de votos nulos.

“Uma das questões que nos deixou mais preocupado é a questão da discrepância dos votos entre a eleição do presidente, eleição legislativa dos membros da Assembleia provincial e governador de província até porque foi o objecto do nosso recurso. Outra questão que nos deixou preocupado é a questão dos votos nulos. Foi muito elevado o número de votos nulos e também a nível do apuramento distrital há muitos mandatários nossos que não foram notificados ou foram notificados depois do processo acontecer e não foram à tempo de assistir a centralização no qual que se fez trabalho em relação aos votos nulos”, expressou.

E porque o país anda “doente”, o MDM apelou o Conselho Constitucional a procurar soluções para devolver a estabilidade bem como credibilizar os órgãos de gestão eleitoral.

“Estamos preocupados com aquilo que o país está passar espera nós MDM que o Conselho Constitucional encontre a verdade eleitoral em todo o trabalho que está a fazer para garantir a credibilidade dos órgãos e também para fazer com que haja uma estabilidade social, harmonia e paz neste país”,

Face as inquietudes levantadas pelo MDM no que respeita a verdade eleitoral, a Presidente do Conselho Constitucional por sua vez, disse que a preocupação eleitoral é um problema colectivo por isso, está empreender esforços sem reservas para dissipar dúvidas e, por outro lado servir como um instrumento pacificador para o país e, obviamente com o apoio dos partidos políticos e a imprensa.

“Nós também somos a parte da sociedade o clamor social por esta questão da verdade eleitoral por esta questão da transparência no resultado eleitoral mesmo como contributo para paz social. Nós contamos com os partidos políticos para o esclarecimento da questão dos prazos eleitorais porque de facto muita gente não compreende que o processo eleitoral leva muito tempo e isto resulta de uma opção política no quadro legal também as pessoas não compreendem e, se os partidos políticos apoiarem e a comunicação social apoiar talvez isso se consiga divulgar um pouco mais”, disse Ribeiro.

Ademais, Lúcia Ribeiro disse que o “Conselho Constitucional não está afazer recontagem dos votos” mas sim “fazer a reverificação das actas e editais” para apurar os números que dali resultam para depois “comparar com os números trazidos nos editais da CNE para dissipar as dúvidas que são colocados nos contenciosos”.

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