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A União Europeia anunciou um financiamento de 800 mil euros, equivalente a cerca de 60 milhões de meticais, para responder à escalada de violência e às crescentes necessidades humanitárias no norte de Moçambique. O apoio visa reforçar as ações de emergência em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, regiões severamente afetadas por ataques armados e desastres naturais.
Segundo o Embaixador da União Europeia (UE), Antonino Maggiore, os fundos serão canalizados para os parceiros humanitários no terreno, com o objetivo de assegurar uma resposta coordenada e multissetorial.
As intervenções incluirão assistência em matéria de acolhimento, abastecimento de água potável, saneamento e higiene, beneficiando tanto as pessoas recentemente deslocadas como aquelas que permanecem em áreas de alto risco.
Desde Julho de 2025, a intensificação dos ataques por grupos armados em Cabo Delgado provocou o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas, agravando uma crise já prolongada. Estima-se que mais de 168 mil pessoas tenham sido deslocadas nos últimos meses, somando-se às 461 mil registadas no início do ano.
A situação humanitária tornou-se ainda mais crítica devido ao impacto de três ciclones tropicais Chido, Dikeledi e Jude que entre Dezembro e Março devastaram a região norte, afetando mais de 1,4 milhão de pessoas em 33 distritos de Cabo Delgado e Nampula.
Em conclusão, destacou que, o financiamento da União Europeia deverá apoiar operações humanitárias durante seis meses, contribuindo para aliviar o sofrimento das populações mais vulneráveis, evitar novas deslocações e reforçar a capacidade de resposta dos atores humanitários no terreno.



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