RENAMO repudia atitudes desviantes de certos membros e apela reconciliação interna

DESTAQUE POLÍTICA
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A Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) repudiou, na tarde desta quarta-feira, as atitudes consideradas desviantes de alguns dos seus membros, que, segundo a direcção do partido, têm obstruído o funcionamento normal das estruturas e promovido instabilidade interna.

Em conferência de imprensa, a secretária-geral da RENAMO, Clementina Bomba, afirmou que o partido “condena firmemente todas as acções que atentam contra a ordem interna e a coesão da organização”, apelando ao mesmo tempo à calma, ao diálogo e à reconciliação entre os militantes.

“Estamos cientes das fragilidades que existem no seio do partido, mas reiteramos que estamos empenhados em manter o diálogo e a resolução pacífica das divergências, sempre respeitando os estatutos e as instâncias legais do partido”, declarou Bomba.

A posição surge após o registo, nos últimos dias, de tentativas de ocupação de delegações provinciais da RENAMO nas províncias da Zambézia e de Manica, o que, segundo a direcção, representa “um atentado à estabilidade e à unidade do partido”.

Clementina Bomba recordou que a RENAMO possui órgãos estatutariamente constituídos, que devem ser respeitados por todos os militantes, sob pena de enfraquecerem o funcionamento democrático interno. “É essencial que todos os membros respeitem as regras e participem de forma construtiva no diálogo em curso”, sublinhou.

A dirigente desmentiu ainda os rumores que têm circulado nas redes sociais sobre uma alegada renúncia do presidente do partido, Ossufo Momade. “Não é verdade. O presidente mantém-se no seu cargo. A informação oficial é a mesma que foi deixada em Nampula: o presidente não vai concorrer para o próximo mandato, mas continua a liderar o partido até ao final do seu mandato”, esclareceu.

A RENAMO reafirmou o seu compromisso com a estabilidade e a coesão interna, assegurando que estão em curso mecanismos de mediação e diálogo para ultrapassar as tensões registadas em algumas delegações.

A crise nas províncias da Zambézia e de Manica surge num momento de reestruturação interna da perdiz, marcado por disputas locais de liderança e por desafios organizativos que têm colocado à prova a unidade da formação política.

Apesar disso, Clementina Bomba assegurou que o partido “continua firme no seu compromisso de trabalhar pela reconciliação interna e pela preservação da confiança dos seus militantes e simpatizantes”.

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